Este blog tem como objetivo documentar a aventura que será frequentar este mestrado

sábado, 13 de novembro de 2021

Cibercultura - Pierre Lévy


 

Para Pierre Lévy a noção de Cibercultura está profundamente ligada ao ciberespaço, pois a mesma decorre nesse espaço privilegiado.

Lévy defende que a Cibercultura permite a democratização do acesso à informação, colocando o ser humano perante uma imensidão de informação que terá de filtrar e organizar para construir o seu próprio conhecimento. De acordo com este pensador, Cibercultura é um “conjunto de técnicas (materiais e intelectuais) de práticas, de atitudes e modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”, sendo que este, o ciberespaço, também pode ser chamado de “rede” pois é o meio de comunicação que surge da ligação mundial entre computadores. Para este investigador a interconexão, as comunidades virtuais e a inteligência coletiva são os três princípios básicos da cibercultura.

Interconexão porque ao estar ligado aos meus contactos na internet estou ao mesmo tempo ligado aos contactos dos meus contactos; comunidades virtuais pois tal como no mundo físico, temos tendência a juntarmo-nos a grupos com os mesmo interesses, também na internet fazemos o mesmo e inteligência coletiva porque quando levamos os nossos conteúdos para a Internet e os partilhamos, estamos também a receber outros conteúdos  que vão tornar o conhecimento mais amplo e que todos os dias vai aumentando.

Assim a Cibercultura é um sistema aberto que está em permanente construção e que não obedece a nenhuma hierarquia ou linha de pensamento, pois os diferentes pensamentos cruzam-se. Deste modo, a Cibercultura deve ser entendida como universal e não totalitarista, permitindo que cada um contribua com o seu conhecimento para a expansão do conhecimento geral.

No meu ponto de vista três dos exemplos que poderia apontar como relevantes neste campo da Cibercultura são: os diferentes repositórios de teses e dissertações, que permitem que todas as pessoas acedam à investigação, e à produção de novos conhecimentos que se vão produzindo; os diferentes museus virtuais que proliferam no espaço da internet e que permitem o acesso às vastas coleções que guardam e as redes sociais que permitem que as comunidades virtuais interajam. Neste sentido, a cibercultura  abarca as relações sociais, as produções artísticas, éticas e intelectuais de toda a sociedade ( entenda-se por sociedade todos os humanos que habitam o planeta), levando a uma troca constante de informações, que também se pode denominar de fluxo de informação. 

.Em jeito de resumo, deixo este vídeo que tão bem elucida as ideias de Pierre Lévy.

Lévy, P. (2000) Cibercultura. Lisboa: Piaget.

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Alda Pereira

 


Alda Maria Pereira, Doutorada em Ciências da Educação na especialidade de Metodologia do Ensino das Ciências, é Professora Associada da Universidade Aberta e pesquisadora integrada do Laboratório de Educação a Distância(LE@D).

Entre 2004 e 2006 foi Diretora do Departamento de Ciências da Educação da Universidade Aberta (UAb).

Foi a autora do Modelo Pedagógico Online e Coordenou a Equipa que elaborou o Modelo Pedagógico Virtual da Universidade Aberta.

Entre 2007 a 2010 foi Coordenadora Científica do Laboratório de Educação a Distância, (LE@D), da UAB e coordenou o Programa de Doutoramento e Mestrado em Comunicação Educacional Multimédia .

Entre 2009 e 2013 foi Diretora do Instituto de Pesquisa da Universidade Aberta.

Nos anos de 2010 e 2011 foi Vice-Reitora da mesma Universidade.

Desenvolveu o ensino online e foi responsável por várias unidades curriculares de pós-graduações e graduações, em regime online tendo orientado diversas teses de doutoramento e dissertações de mestrado.

Realizou pesquisas sobre educação online, comunidades de aprendizagem, modelos de prática de avaliação online, com dezenas de publicações entre: artigos, documentos de conferências e livros. Foi Coordenadora de diversos projetos de investigação e participou em vários projetos internacionais financiados pela União Europeia

Atualmente é uma das investigadoras de referência nesta área estando a fazer investigação em Avaliação Educacional, Tecnologia Educacional e Teoria Pedagógica.

Linda Harasim



 


Nascida no Canadá, a 18 março de 1949, Linda Harasim é uma das impulsionadoras e das responsáveis pelo ensino online. Desde cedo percebeu que a Internet e os computadores poderiam criar uma rede que impulsionasse o conhecimento e o trabalho colaborativo.

Em 1986, com a professora Dorothy Smith, cria e desenvolve o primeiro curso de desenvolvimento profissional online que foi ministrado pela Universidade de Toronto sobre o tema “Mulheres e Computadores em Educação”.

Entre 1987 e 1989 desenvolveu a pedagogia online e o design de pequenos grupos que lançou a Universidade Phoenix Online.

Na década de 90 foi uma das principais responsáveis por desenvolver o Virtual-U, um ambiente educacional online personalizado para apoiar a aprendizagem colaborativa.

Em 1995 torna-se líder e CEO da Rede de Centros de Excelência Telelearning do Canadá tendo recebido aproximadamente 50 milhões de dólares para a promoção de programas para estudar, desenvolver e comercializar tecnologias, pedagogias e conhecimentos de aprendizagem online. Estes programas financiaram cerca de 160 investigadores.

Atualmente ensina, publica e continua a fazer investigação focando a sua atenção na inteligência artificial como modo de a aumentar e nunca, substituir a inteligência humana.

Foi ela que desenvolveu a teoria da aprendizagem colaborativa e a metodologia da investigação da análise discursiva online.

Escreveu 6 livros traduzidos em português, árabe e chinês. Escreveu centenas de artigos e fez centenas de palestras em diferentes países e universidades.