Este blog tem como objetivo documentar a aventura que será frequentar este mestrado

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Diário de Bordo

 


A UC Avaliação em Contextos de eLearning, prometia pelo interesse que me suscitava esta temática. A viagem iniciou com a 1ª tarefa, uma tarefa comum a todas as UC´S, a análise do Contrato de Aprendizagem (CA). Este documento que é o guia/ fio condutor das tarefas a realizar assume-se como um elemento de tranquilização para os alunos, pois permite-lhes saber com antecedência as etapas que se vão suceder. 

Neste CA, em concreto, uma das novidades era a da autoavaliação e da avaliação entre pares, havendo inclusive uma grelha com a respetiva rubrica para analisarmos e dar-mos sugestões de alteração. Estava dado o mote para esta UC trazer novidades e nos fazer refletir, a sério, sobre esta temática.

Tema 1- Avaliação Pedagógica- Atuais Perspetivas

Para este tema foi indicado um artigo do professor Jorge Pinto  ( que curiosamente foi meu professor na formação inicial).

A leitura deste texto deu origem à elaboração de um infográfico, a título individual, e ainda a algumas discussões no fórum. 


Sendo a primeira discussão, de um modo geral, focamos-nos mais na forma do que no conteúdo dos infográficos. Motivo pelo qual a professora Lúcia, interveio e direcionou a discussão, no sentido de refletirmos sobre a evolução das diferentes concepções teóricas e pedagógicas em relação com a prática.
De um modo geral, concluímos que ainda há um " delay" entre a aplicação da teoria à prática. Ainda que se comecem a dar passos, de algum modo significativos, neste percurso muito ainda está por fazer. Existe ainda alguma dificuldade em aplicar e enveredar por uma avaliação formadora, negociada, em que a mesma serve para melhorar estratégias, refletir sobre procedimentos e indicar o caminho a seguir. Verifica-se que grande parte da avaliação é por medida, fazem-se as médias comparam-se os alunos e atribui-se uma nota final. Isto significa que se entende a avaliação apenas como classificação e não como forma de refletir e melhorar um processo. É importante que se encare a avaliação como um processo assente em 5 princípios fundamentais: 
  • Transparência ( os alunos devem ter confiança no processo avaliativo); 
  • Melhoria da aprendizagem ( a avaliação tem de ter o propósito de melhorar a aprendizagem); 
  • Integração curricular ( Promover aprendizagens integradas que desenvolvam a autonomia);  
  • Positividade ( Propor tarefas onde os alunos evidenciem  o que sabem e onde mostrem onde têm dificuldades); 
  • Diversificação  ( utilizar diferentes instrumentos de modo a que a leitura daquilo que o aluno consegue e ainda não consegue fazer seja mais eficaz).
As escolas estão em processo de mudança e os novos normativos legais em que se baseia o processo educativo são disso apanágio. Creio que estamos numa fase de adaptação e de mudança de mentalidades, só com essa mudança de mentalidades se mudarão práticas. O Profº Domingos Fernandes, ajuda-nos a refletir sobre esta temática.


Foi possível concluir que a complexidade da avaliação, passa entre outras coisas pelo modo como cada um de nós se posiciona no processo de ensino aprendizagem e quais os objetivos que tem para o ato de avaliar.Os diferentes tipos de avaliação, bem como as diferentes funções podem coexixitr se adequados ao objetivo final: sucesso.

Neste sentido a avaliação pode ter caracter sumativo, formativo ou formador de acordo com o fim que se pretende alacançar. A prática pedagógica é por isso um ato complexo em que os diferentes intervenientes devem estar conscientes dessa complexidade.

Ao concluir o tema 1, que nos orientou para a leitura do artigo selecionado, bem como para a discussão dos infográficos criados, fiquei com a ideia de que este é um tema que necessita, e muito, de ser debatido nas escolas. O modo como avaliamos, o que pretendemos com a avaliação e qual o caminho a traçar, são pontos fundamentais para a promoção de um educação de qualidade.


Tema 2- A avaliação Pedagógica em Contextos de eLearning


A exploração deste tema foi feita em grupo. A escolha dos grupos foi feita pelos diferentes mestrandos. O meu grupo incluía a Ana Valente, o Domingos Nunes e o Samuel António. A vantagem do trabalho de grupo reside no aproveitar as potencialidades de cada elemento, ao mesmo tempo que nos apoiamos na reflexão e organização da tarefa a realizar.

Ainda que em grupo, a primeira fase é sempre de autoaprendizagem, é necessário que se façam leituras prévias para nos nos apropriarmos dos temas a explorar, bem como a seleção da bibliografia fundamental para servir de base ao trabalho. O mote foi dado pelas referências disponibilizadas:



Para além deste dois textos, cada grupo deveria selecionar um outro texto sobre a temática em questão, de modo a criar uma apresentação sobre as particularidades e especificidades da avaliação em contexto de elearning. O nosso grupo optou por escolher :

Moreira, J. A. et alii (2020). Práticas de Avaliação Digital. In Educação Digital em Rede: Princípios para o Design Pedagógico em Tempos de Pandemia (capítulo 5, 57-75). Universidade Aberta: Lisboa. Doi: 10.34627/rfg0-ps07 

mas baseou-se também em:

Machado, E. (2020). Práticas de avaliação formativa em contextos de aprendizagem e ensino a distância. Texto de apoio, versão de trabalho. Projeto: Monitorização, Acompanhamento e Investigação em Avaliação Pedagógica (Projeto MAIA). Disponível em: https://bityli.com/kIfevN

A exploração deste tema conduziu-nos numa elucidação pela realidade da avaliação digital, no que concerne às práticas existentes, aos constrangimentos e às potencialidades.

O trabalho produzido encontra-se disponível em :

Numa análise ao trabalho efetuado, talvez houvesse necessidade de afinar melhor alguns conteúdos, e  aspetos de forma. Os erros servem para aprendermos e foi isso que levei, também, desta tarefa. A importância do feedback recebido para que de futuro não fossem cometidos os mesmo erros.

Para além das aprendizagens ao nível do trabalho, no aspeto formal, a análise dos textos consultados e produção do trabalho levou-nos a concluir que uma nova cultura de avaliação está emergente, dando maior ênfase à função formativa da avaliação, valorizando a importância das aprendizagens significativas que conduzem à promoção do sucesso escolar. A passagem de uma avaliação psicométrica para uma avaliação edumétrica de modo a ir ao encontro de uma melhoria do processo de ensino aprendizagem. 

A efetiva melhoria do processo de aprendizagem reveste-se de uma necessidade de mudança de práticas enraízadas e que se sustentam nos conteúdos em vez, de se sustentarem nas competências. O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO) remete para esta realidade, no entanto ainda muito há a fazer para que se torne efetivo.

Tema 3- Instrumentos de Avaliação Pedagógica em Contexto de eLearning

Nesta tarefa tivemos de analisar e caracterizar instrumentos / estratégias de avaliação alternativos em contexto de eLearning. Este tema também foi desenvolvido em grupo. Optámos por manter o mesmo grupo pois já sabíamos como todos trabalhavam e como rentabilizar ao máximo as capacidades de cada um.

Feitas as leituras iniciais, havia que optar pelo instrumento de avaliação que queríamos analisar. A opção recaiu nos mapas conceituais. Escolhido o instrumento houve lugar a uma procura de casos reais e concretos de utilização deste tipo de instrumento para validação e análise das potencialidades fragilidades do mesmo.

Após a escolha do caso real foi necessário analisar o mesmo à luz da bibliografia selecionada, de modo a justificar e validar a utilização do mesmo. Neste trabalho penso que a dinâmica do grupo estava mais afinada  e a produção final foi muito bem conseguida, ainda que um pouco longa, como se pode consultar aqui: 


O trabalho e a análise dos mapas conceituais mostrou-se uma tarefa muito interessante, pois numa altura em que tanto se fala da importância da avaliação e do caracter formativo da avaliação, a utilização de instrumentos que não passem exclusivamente pelos " tradicionais" testes torna-se muito enriquecedora.

Os mapas conceituais assumem-se como um instrumento de avaliação alternativo e multifuncional pois permitem uma diversidade de recolha de informações. Para além de servirem de instrumento de avaliação, permitem estruturar o pensamento, tornarem-se um recurso de aprendizagem e permitem ainda organizar e planificar as unidades temáticas a desenvolver. São por isso um recurso para professor e aluno em diferentes contextos. 

O visionamento dos trabalhos dos outros grupos e a reflexão sobre os mesmos, acrescentou ainda mais interesse à tarefa, pois uns grupos optaram pelos mapas conceituais e outros pelo e-portefólio, outro instrumento muito interessante com um extremo potencial, como se pode ver pelas publicações que todos nós vamos fazendo nos nossos blogs que funcionam, exatamente como um e-portefólio. 
A utilização de instrumentos de avaliação diversificados, e digitais, como os mapas conceituais e os e-portfólios ajudam a colocar o aluno no centro do processo de aprendizagem, no sentido de caminharmos para aprendizagens significativas para os mesmos. Os dois instrumentos apelam à reflexão do aluno sobre o processo de aprendizagem devolvendo aspetos metacognitivos.


Tema 4: Desenho da Avaliação Pedagógica em Learning


Esta tarefa pressupunha definir o design de avaliação de um módulo de formação em contexto de eLearning. 
Como a importância do trabalho colaborativo é fundamental, também esta tarefa foi em grupo. A opção foi mantermos o grupo, pois em equipa que funciona não se mexe.
Considerando a diversidade de temas que foram abordados durante o 1º ano deste mestrado e a pertinência dos mesmos, optámos por criar um curso sobre a Educação Aberta e os Recursos Educacionais Abertos -REA ( pois muitos de nós só tivemos conhecimento sobre os mesmos neste mestrado). Consideramos que era importante partilhar esta informação com outros, que não apenas os alunos deste mestrado. Assim, sendo, criámos um curso que pudesse ser desenvolvido em contexto de Agrupamentos de Escolas, para a divulgação, utilização e produção dos REA. O trabalho produzido pode se consultado clicando em:


Esta tarefa conduziu-nos na complexidade que é  criar um desenho de avaliação, estabelecendo todos os parâmetros, critérios e rubricas a que a mesma está sujeita. Nesta tarefa para além do desenho de avaliação, sentimos necessidade de criar todo o curso pois torna-se mais simples trabalhar sobre um todo, pois permite uma visão mais abrangente das formas/tipos de avaliação a adotar
Após uma primeira partilha do trabalho efetuado, houve um momento para análise por parte dos outros grupos, levantando questões e fazendo sugestões de melhoria, para que numa fase posterior se procedesse à elaboração final do trabalho.
Concluído o processo de análise por parte dos outros grupos procedemos a algumas alterações/modificações e correções que no nosso entender nos permitiram criar um documentos abrangente, envolvente e em que as 4 premissas do PrACT estavam presentes.
Foi um trabalho exigente, mas bastante gratificante, pois deu origem a uma profunda reflexão, através de conversas informais no grupo da revisão constante da bibliografia desta UC sobre o processo de avaliação.

Comentários Finais


Em termos organizacionais a opção do grupo, em todos os trabalhos, foi sempre a de criar documentos partilhados onde todos fossem intervindo. para além disso construímos sempre um documento mais teórico e fundamentado que, posteriormente, dava origem à criação das apresentações finais, Creio que esta dinâmica se revelou bastante interessante pois facilitou em termos de horários e intervenções,  não havendo a necessidade de estarmos sempre a trabalhar em simultâneo, era possível gerirmos de acordo com o nosso trabalho, para além do mestrado.




Reflexão Final



Olhando para todo o percurso realizado, considero que esta poderia ser uma UC anual, pois reveste-se de uma importância fundamental para um melhor desenvolvimento do papel do professor. 
O facto de todas as tarefas serem direcionadas de modo a que existisse uma componente de trabalho individual a par do trabalho de grupo com posterior discussão por parte dos outros colegas, revelou-se de uma importância extrema indo ao encontro de uma avaliação edumétrica, com sustentação no PrACT. Em todas as tarefas percebemos como é que a teoria se alia à prática. 
O facto de para cada tema, ser posteriormente feita uma autoavaliação e avaliação de pares tornou o processo mais participado. " if collaboration is an essential feature of successful online learning, then assessments as well as activities should be collaboratively designed.  " ( Swan et al, 2006, p.3)


Bibliografia:

Moreira, J. A. et alii (2020). Práticas de Avaliação Digital. In Educação Digital em Rede: Princípios para o Design Pedagógico em Tempos de Pandemia (capítulo 5, 57-75). Universidade Aberta: Lisboa. Doi: 10.34627/rfg0-ps07 mas baseou-se também em:

Machado, E. (2020). Práticas de avaliação formativa em contextos de aprendizagem e ensino a distância. Texto de apoio, versão de trabalho. Projeto: Monitorização, Acompanhamento e Investigação em Avaliação Pedagógica (Projeto MAIA). Disponível em: https://bityli.com/kIfevN

Pereira, A., Oliveira, I, Tinoca, L., Pinto, M. C., Amante, L. (2015). Avaliação alternativa digital: conceito e caracterização em contextos digitais. In Desafios da avaliação digital no Ensino Superior. . Lisboa: Universidade Aberta (6-34)


domingo, 3 de julho de 2022

Plataformas Digitais, Ambientes Virtuais 3D, Redes Sociais e Jogos Digitais




No decorrer da UC Ambientes Virtuais de Aprendizagem, foi solicitado no tema 3 que as reflexões e debates se debruçassem sobre as plataformas Digitais, Ambientes Virtuais 3D, Redes Sociais e Jogos Digitais.

Com temáticas tão abrangentes, o professor teve o cuidado de dividir o tema em 4 fases:

1ª fase- Autoaprendizagem;

2ª fase- Discussão sobre as reflexões pós autoaprendizagem;

3ª fase- Missão Virtual Life, uma aventura pelo Second Life;

4ª fase- Criação de um Ambiente Virtual de Aprendizagem


 1ª e 2ª Fases- Autoaprendizagem e Discussão na sala Hypothes.is

Reflexões sobre uma entrevista a Lynn Alves sobre a utilização dos jogos digitais no campo educativo.


Mais uma vez o professor nos presenteou com uma nova forma de abordar as discussões virtuais, através da sala criada no Hipothes.is, uma experiência muito interessante e que nos permite ficar com conhecimento para posteriores utilização no campo profissional. 

A inovação e a utilização de plataforma digitais e jogos digitais em educação será o caminho a adotar caso queiramos que a mesma não fique estagnada e afastada da realidade em que os nossos alunos se encontram.

Este será o caminho, começar a adotar mudanças que permitam a integração/utilização dos jogos em contexto educativo. Bidarra e Figueiredo referem que "enquanto a indústria de jogos tem reconhecido e abraçado tais fundamentos de aprendizagem, conseguindo integrá-los num projeto para aumentar a motivação do jogador, as instituições de ensino ainda não conseguem totalmente reconhecer e integrar estes modelos." ainda que se comecem a assistir a movimentos que conduzem a essa mudança.

Os mesmos autores referem "Combinando o sucesso dos jogos de vídeo, as metodologias de “blended learning” (aprendizagem com componentes presenciais e online) e a emergência do “mobile learning” (aprendizagem com base em laptops, tablets e smartphones), surgiram novos modelos de aprendizagem." Deste modo caminhamos para uma concepção da construção do conhecimento em que se aprende fazendo e não decorando.

É verdade que a utilização de jogos em educação, nos remete para reflexões sobre os conteúdos menos "escolares" que estes abordam. Nem sempre é fácil articular conteúdos ou aspetos que nos parecem menos corretos e incorporá-los na prática letiva. Efetivamente o " questionamento" sobre a utilidade pedagógica de conteúdos mais violentos é uma verdade. Conseguir trabalhar esses temas e saber justificar a utilização dos mesmos, perante outros colegas e perante os pais " obriga" a que os professores conheçam bem do que estão a falar ou o que estão a utilizar. Como refere Lynn " (…) os professores precisam imergir nos âmbitos semióticos que entrelaçam a presença das tecnologias na sociedade contemporânea". A utilização de jogos com temas/ abordagens menos corretas da vida em sociedade poderá servir para o diálogo/questionamento/reflexão sobre os problemas em que a nossa sociedade emerge pela tomada de decisões erradas. Não creio que se possam utilizar em todos os níveis e faixas etárias… mas se não forem " descontruídos" num contexto mais controlado como a escola, então a sua utilização livre/ sem reflexão será ainda mais danosa.


A utilização do digital em contexto educativo ainda enfrenta muitas barreiras, quanto mais a utilização de jogos comerciais para contexto educativo. Sair da zona de conforto não será uma viragem rápida no nosso sistema educativo. Por outro lado uma avaliação ainda muito virada para a edumetria vem dificultar esta transição, em que aceitamos o Onlife como constante e presente. É importante encarar o jogo na atividade educativa como uma forma de o aluno ser confrontado com a necessidade de tomar decisões e escolher as ações a praticar, com o objetivo de resolver um problema com que é confrontado, de acordo com as metas/objetivos definidos inicialmente no jogo. No fundo o jogo permite aproximar o aluno de muito do que vai vivenciar durante toda a sua vida. A capacidade de tomar decisões em função dos objetivos que pretende atingir. Para que isto aconteça é importante, de acordo com Lynn, " (…) os professores identificarem nos discursos interativos dos games, questões éticas, políticas, ideológicas, culturais, etc., que podem ser exploradas e discutidas com os discentes."
Sobre este tema deixo um vídeo sobre um projeto de utilização dos jogos.


ALVES, Lynn (2008). Relações entre os jogos digitais e aprendizagem: delineando percurso. In Educação, Formação & Tecnologias; vol.1(2); pp. 3-10, Novembro de 2008, disponível no URL: http://eft.educom.pt.



Bidarra,J.,Figueiredo,M. Jogos e simulações na aprendizagem a distância:O Modelo AIDLET, In Práticas e cenários de inovação em educação online. Coleção Educação a distância e elLearning, nº 2, UAB pp. 128-156


3ª Fase- Missão Second Life


Esta 3ª fase pressupôs a imersão no Mundo Second Life, um  metaverso, ou seja, um espaço onde existe uma interligação entre mundos virtuais 3D, onde se verifica uma relação entre a realidade aumentada, os ambientes virtuais com uma forte influência da vida real. De acordo com professora Eliane num metaverso o ambiente para além de ser tridimensional, permite a coexistência de vídeo, imagem, fotografias e texto.

Nesta imersão no Second Life (SL) desenvolver-se uma " conversa" entre os alunos participantes, o professor António Moreira e a professora Eliane Schlemmer, que no meu caso, serviu para me despertar para uma realidade que não conhecia.

Ao pesquisar sobre este metaverso, é interessante compreender que o mesmo já existe com alguma consistência e utilização permanente por vários usuários. Em 2008, num artigo de Stachescki já se podia ler:  

"Os instrumentos contidos dentro do Second Life fazem com que seususuários realizem uma simulação da vida real em todos os seus aspectos. Dentro dessa plataforma virtual, é possível, inclusive, a ação de criar e vender objetos e serviços dentro desse universo cibernético. A moeda, própria, utilizada é o Linden Dollar, conversível em dinheiro real. Dentro da teoria de Educação a Distância (EAD), o Second Life é uma ferramenta tecnológica que propicia um Ambiente Virtual de Aprendizado (AVA) e está classificado de acordo com a 4a/5a geração da EAD no Brasil" p.193

Desta experiência surgiu o desafio de criar um vídeo sobre este metaverso, que procurei realizar, tendo noção de que ainda tenho muito " terreno" a percorrer neste campo. 

As potencialidades deste metaverso  como refere  Stachescki, "não devem ser vistos e restringidos a simples reprodutores de mensagens, mas sim, como verdadeiros atuantes no processo de construção do conhecimento por meio de suas linguagens, suas novas aberturas para o diálogo, sua interatividade crescente e sua possibilidade de desterritorialização espacial."




 

Schlemmer, E., Backes, L. (2015). L- Aprender e Ensinar em Contexto Híbrido. Coleção EAD. Escola de Humanidades

Stachescki, D.(200)- Educação virtual no Second Life: práticas pedagógicas em paradoxos brasileiros. In Revista Intersaberes, ano 3, nº6, p-192-203

4ª Fase- Desenvolvimento de um ambiente Virtual de Aprendizagem


A última tarefa deste tema, pedia a criação de um ambiente virtual de aprendizagem. Esta etapa pressupunha a mobilização dos diferentes conteúdos e conhecimentos adquiridos ao longo deste semestre.


Qualquer tarefa gera alguma ansiedade, mas esta particularmente... desenhar um ambiente virtual de aprendizagem, quando se está há 25 anos apenas a trabalhar no mundo analógico requeria alguma ginástica mental. Felizmente o decorrer deste ano, e as UC frequentadas davam algum alento para levar " o barco"  a bom porto.
Numa tentativa de rentabilizar tempo e trabalho, optei por escolher um tema que me é muito especial pois é o que pretendo desenvolver no meu projeto de investigação-ação a decorrer no próximo ano letivo. 


A base de trabalho, o Moodle ainda que seja do meu conhecimento enquanto formanda, enquanto formadora era totalmente desconhecida. Com uma base para preencher, foi necessário avançar e começar a planificar, organizar e estruturar as ideias. Procurei introduzir algumas das ferramentas que fiquei a conhecer durante esta Uc, sem me aventurar por outras com as quais não me sinto confortável.

Ainda que considere que o trabalho poderá ser melhorado, penso que para quem nunca tinha passado por esta experiência, o resultado é uma boa base de trabalho. 

Deixo aqui o Contrato de Aprendizagem, que serviu de base para a criação de toda a estrutura do curso no Moodle.